19/05/2015 0 comentários

Mudanças

Quando viu que não tinha mais jeito, chorou.

Chorou tanto que sua mãe ao passar pelo seu quarto parou, olhou e disparou:

_Você é um fraco!

Saiu sem mais.

Washington em meio às lagrimas, parou, pensou e não hesitou. Matriculou-se na academia.


18/05/2015 0 comentários

Perdido

Ele sempre se achou a frente de todos, que sabia mais que todos, que tinha vivido a mais que todos, e que tudo estava se passando conforme ele achava e desejava.
Mal ele sabia que estava apenas começando, e o que ele achava que sabia, não dava nem para o começo, o forte e incontrolável desejo de estar sempre achando tomou conta do seu mundo, e esse vicio de achar que estava controlando tudo e a todos, consumiu sua vida.

Hoje ele continua achando que esta a frente de todos, acha que sabe de tudo, e que todos deveriam consumir de suas aventuras imaginarias, assim como sua vida que está sendo consumida. Só que diferente do passado, hoje ele acha, mas acha sozinho, e continua se enganado, e no fundo ele sabe que deve parar de achar e começar a procurar, procurar todos que ele achava que sabia onde estavam.


05/01/2012 0 comentários

Chico Buarque - Construção (um marco na música brasileira)

O autor utilizou as palavras proparóxitonas em sua rima. Mostra uma habilidade sem igual foi um esforço sobremaneiro fazer a musica terminas com essa classe de palavras, e através de mudanças desconstrui-la e ainda sim manter a coerência. O título construção, não só se refere ao ambiente vivido como também a característica da construção letra.
Repare bem, termina quase sempre com proparóxitona. Isso não é fácil fazer.












04/04/2011 2 comentários

Era minha vizinha

A casa dela era de frente com a minha, a janela do quarto era grande, dava para ver a metade do quarto. Sentia-me privilegiado.
Ela dormia em uma cama de casal que sempre estava estendida com edredom cor – de – rosa, as havaianas dela também eram cor – de – rosa, ficava sempre ao lado da cama perto da cabeceira que tinha sempre livros ou revistas. Só não entendia o fato de a cama ser de casal. Devia gostar de conforto.
Além da metade da cama e a cabeceira, era possível observar um mural com muitas fotos e um pedaço do espelho, onde provavelmente ela se arrumava diante, na frente tinha uma mesinha com perfumes, cremes, maquiagem, tudo que um mulher acha que precisa. Ela passava horas naquele canto.
Era difícil, mas tinha dia que ela deixava a toalha molhada em cima da cama. Teve um dia que cheguei a ver uma calcinha. Era vermelha com renda preta, tipo, fio dental, transparente na parte da frente, bem ousado.
Ela sempre esquecia o celular ou a chave, e sempre que voltava para buscar um dos dois, ela se olhava no espelho, mas não por vaidade, olhava com se estivesse se perguntando algo.
Às vezes ela ficava horas olhando para o mural de fotos, como se estive no passado, revivendo aqueles momentos que estavam congelados em um pedaço de papel, ao final ela sempre chorava. E eu apenas observava sem poder fazer nada. Eu não gostava de vê-la chorando.
Tinha noites que eu passava horas observando ela dormindo, ela sempre deitava de lado, tipo conchinha, com as duas mãos apoiando seu lindo rosto. Gostava de como ela prendia o cabelo para dormir, ficava exposto seu pescoço branco e largo. Ela dormia sorrindo, parecia um anjo repousando.
Todo sábado de manhã ela alongava, ligava o rádio e andava pelo quarto em quanto escovava os dentes. Às vezes ela dançava, nada vulgar, apenas dançava.
Nunca se quer troquei uma palavra com ela, sempre a vejo passando pela rua, geralmente perto da casa dela, entrando ou saindo.
Uma vez a encontrei no supermercado, eu estava perto dos congelados, distraído, pensando em qual marca de frango empanado era melhor, e quando olhei para o lado, lá estava ela, vindo em minha direção, por 15 segundos fiquei totalmente paralisado, foram os 15 segundos mais lento que tive em toda minha vida.
Ela estava falando no celular e empurrando um carrinho de compras meio vazio e com um sorriso apaixonante estampado no rosto, foi impossível não se entregar diante de tanta beleza.
Quando ela passou por mim, tive o prazer de sentir seu perfume, era um aroma de mulher, que combinava com tudo que ela era.
Sua voz era doce e meiga, era exatamente como eu imaginava, era um tom de tranqüilidade que transmitia toda a sua feminidade.
Até pensei em dizer algo, talvez um bom dia, oi ou até mesmo acenar com a cabeça e dar um sorriso amarelo, mais a única coisa que consegui fazer, foi admirar a mulher que eu mais admirava.
Entre todas as coisas que sei sobre ela, a que me deixa mais distante, é o fato dela não saber da minha existência.


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Súplica

É Senhor... Talvez seja eu, ou o Senhor mesmo, mas a certeza é... Alguém não cumpriu sua parte!
Lembro-me que deixei aquele ambiente muito feliz, com aquela possível conquista, eu sentia que a vitoria era certa. Pelo menos naquele momento.
É estranho analisar agora, me sinto um babaca por acreditar que um dia eu pudesse conquistar algo tão além do meu alcance.
Cheguei até a sonhar com as coisas que eu conquistaria com aquela vitoria. Fiz muitos planos, me senti orgulhoso e muito grato. Tudo em vão.
Acredito, que agora a melhor maneira de se recuperar desse tombo, é eu me colocar no meu lugar, pois agora eu sei meu limite.
Desculpe-me Senhor, mas não consigo acreditar que o Senhor tenha algo melhor para mim, nesse tombo perdi minha fé, perdi minhas forças e minhas esperanças e o pior de tudo é que eu não sei onde encontrá-las novamente.
Podem me chamar de fraco, mas só eu, e talvez o Senhor, sabe o quanto eu lutei, e quanta fé carregava no peito, como eu já disse, o tombo foi alto.
Não sei se agora adianta ficar procurando os erros, até porque e sei onde eles estão, aqui do meu lado, junto com meu desespero e angustia, de um dia ter sonhado tão alto.
Senhor, peço humildemente, caso o Senhor tenho mais alguma coisa reservado para mim, peço que troque por um pouco de auto-estima e confiança. Eu preciso continuar caminhando, para onde eu não sei, mas preciso.
Eu sei que ficar chorando não vai resolver nada, mas eu precisava dizer ao Senhor o tamanho da minha decepção, não com o Senhor, mas com a situação.

Senhor, a culpa é minha ou sua?

Se eu errei, onde errei?

Será que pedi muito?

Se eu pedi, porque me deixou chegar até lá e fracassar?

Senhor... Estou sendo muito rude contigo? Se estou me perdoe.

Só queria desabafar.

Obrigado Senhor por me ouvir.










10/11/2010 0 comentários

Radiohead - Creep

20/07/2010 0 comentários

Ambiente.

Como irei me adaptar, se nem confiança eu tenho ainda? Confiança é o primeiro passo para qualquer tipo de atitude, e eu não tenho isso aqui ainda.
Essa cadeira gira, a outra era fixa, só se movimentava quando eu o arrastava para pegar meu copo de coca, ou guaraná que ficava do outro lado da mesa, era eu quem a manipulava.
O monitor era bem menor e com todas as minha necessidades bem mais próximo do ponteiro do mouse, nesse, elas ficam bem mais distante.
A relação que eu tinha com o outro mouse era uma relação bem próxima, tipo... Gugu e o pintinho amarelinho. Ele cabia na palma da minha mão, agora sobra mouse.
O fone também não é o mesmo, é o mesmo, só que nesse meio período de falta de inspiração, ele solto a proteção emborrachada e eu a substitui por uma de espuma, e essa espuma ta abafando muito o som, o que me deixa muito puto.
Esse teclado é mais bonito, moderno, e isso tira minha atenção, o outro era mais simples, feio, sem o comando para iniciar o Google através do teclado. O outro era tão feio que eu digitava sem olhar pra ele. Saudade.
A outra mesa tinha um adesivo preto, redondo com o formato exato da base do copo, era para não manchar a mesa, aqui mal consigo esticar minhas pernas, apoio para o braço é uma coisa que não existe também, e beber algo aqui é praticamente um crime, e ela é muito grande para mim, na verdade ela é desse tamanho para caber mais papel em cima dela. Aqui eu só coadjuvante.
Lá eu tinha o real player que ficava repetindo a musica “Creep” do “Radiohead” enquanto eu digitava loucamente ao meu favor, já aqui, eu tenho que abrir o Google, digitar youtube.com, digitar “creep acoustic”, e quando a musica acaba eu tenho que abrir a pagina e aperta o play.(Tai uma coisa que o youtube poderia acrescentar no site, um botão para repetir o conteúdo).
Aqui o trabalho é continuo, não é um tipo de trabalho que acaba, é que nem merda, começa mexer fede, e demais.
As vezes acho que é por esses motivos que parei de escrever, as vezes eu acho que é a minha rotina, as vezes acho que sou vagabundo, as vezes, as vezes, as vezes.
Isso tudo foi ontem a noite, eu estava deitado na cama pensando no porque que eu parei de escrever e fiquei pensando nessas possibilidades, mais aí eu pensei, e se em vezes de achar uma desculpa eu tentasse voltar a escrever, e ta saindo esse texto que provavelmente irei achar um bosta daqui 5 minutos, 5 minutos é tempo deu termina, abrir o blogger postar, ler e me achar um babaca em tentar resgatar um época, o ambiente, é você quem faz.


 
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